Chave única: Sonho da industria de games pode se tornar real

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CHAVE ÚNICA

Se você já achava um absurdo uma DLC ser lançada antes do jogo em si, pode se segurar na cadeira, agora é a vez da chave única.

A origem de mal

Fruto de um desespero? Frente a atual crise econômica e altos custos de produção e pirataria? Não, a indústria sempre quis impedir a troca, o aluguel, e o empréstimos de jogos, desde a geração 16-bits. Em 1990 a Nintendo brigava na justiça com a rede de locadoras chamada Blockbuster e defendia a tese de que o aluguel de cartuchos derrubava as vendas.

Em 2008 a Sony registrou a patente de uma tecnologia que "prende" os jogos ao console no qual eles foram instalados inicialmente, ou seja, contra jogos usados.

O PC também teve seus dias de terror com o DRM, e mais recentemente os rumores de que o "XBOX 720" contaria com um sistema que agisse como um "anti-usados".

E quanto ao Steam, será mesmo que isso não chegará até ele?

O aluguel de jogos é tão comum hoje quanto nos anos 90, principalmente nos EUA, e muitas lojas oferecem formas de aluguel bastante interessantes no Brasil. E a troca é uma das alternativa que os brasileiros mais recorrem hoje.

Mas a tradição do aluguel é tão antiga que o serviço OnLive (serviço de game em nuvem) permite o aluguel mesmo tendo todas as ferramenta para impedi-lo, contrariando toda previsão do que seria o fim do aluguel com os games em nuvem. E qualquer tentativa de impedi-lo só causaria um efeito reverso e tornaria todo esforço para acabar com a pirataria inútil.

O pesadelo toma nova forma

Mas só agora as produtoras reuniram tecnologia e tomaram iniciativa para realmente impedir ou atrapalhar a troca e revenda de jogos, e ao que parece, os gamers não estão se dando conta de que a chave única esta se tornando cada vez mais comum, Kingdom Of Amalur, mesmo sendo um jogo focado no single player utiliza chave única em um algumas missões (permitindo a compra de uma chave nova), Battlefield 3, Uncharted 3, White Knight, Saint's Row: The Third, são alguns dos exemplos. O que até o momento é uma escolha das empresas, pode se tornar oficial nos consoles da próxima geração.

Imagine a situação: Você vai até a casa de uma amigo que tem um video-game X e você tem um game compatível com o mesmo, então você leva seu jogo para a casa do amigo para se divertir um pouco jogando um versus com o seu SUPER STREET FIGHTER, quando ele coloca o jogo aparece um aviso pedindo o código chave do game, ele coloca a chave que vem na caixa mas não funciona porque ela já foi usada, ao mesmo tempo uma mensagem aparece oferecendo por um certo preço, uma nova chave ou pagar uma taxa para usar durante um período! Mas é claro que é apenas uma descrição de um possível futuro.

E se resolver vender para o amigo? Ele teria que desembolsar o dinheiro do game e da chave, o que seria uma loucura, então ele iria comprar um novo e você ficaria com seu game parado sendo a unica alternativa vender por um preço muito menor do que o da loja.

IGN: "Um crime, além de imoral"

O game é seu e você tem todo direito de fazer o que quiser com ele, a interferência indireta da indústria sobre o produto é um abuso e os gamers devem ficar de olhos abertos, ainda mais na hora de comprar jogos usados.