Satélites serão usados para identificar epidemias e surtos de doenças

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Imagens noturnas captadas pelos aparelhos espaciais vão monitorar sarampo, malária, meningite e outras doenças em países em desenvolvimento

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Os satélites espaciais estão aí para provar que não servem apenas para transmitir sinais de áudio, vídeo e TV, ou fazer o mapeamento de bilhões de dados e informações.

Mais do que isso, e de acordo com pesquisadores da Universidade de Princeton (Estados Unidos), as imagens noturnas captadas por esses aparelhos podem ser usadas também para monitorar surtos de determinadas doenças, segundo o site TG Daily.

Para os cientistas, a ideia é identificar localidades com problemas de saúde principalmente nos países em desenvolvimento. A técnica utilizada através dos satélites indica, em nível populacional, os riscos de doenças.

A equipe adotou imagens noturnas das três maiores cidades do país africano do Niger, e relacionou as fotografias com o aparecimento de surtos de sarampo durante o período da seca. Ao analisar as figuras dos satélites, os casos de sarampo se tornaram mais perceptíveis quando a área iluminada de uma cidade era maior e mais brilhante do que as outras.

"Depois de se estabelecer padrões de epidemias, é possível ajustar uma estratégia de intervenção para cada uma delas. Decidimos usar os satélites porque não há realmente nenhuma outra forma de obter ideia das mudanças ocorridas em populações como a do Niger", explica Nita Bharti, pesquisadora da Universidade de Princeton.

Segundo os cientistas, essa técnica poderia ser aplicada também a doenças como malária ou meningite, ou para ajudar a coordenar tratamentos, tanto preventivos quanto reativos. Além disso, o recurso pode se tornar importante na previsão de possíveis surtos de sarampo em outros países suscetíveis ao problema, ou a outras doenças que, como o sarampo, são espalhadas devido à densidade populacional de uma nação.

Para Pej Rohani, professor da Universidade de Michigan, o trabalho para detectar essas epidemias pelos satélites é muito cuidadoso, mas fornece uma explicação mais mecânica para a progressão das doenças em grandes populações.

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